Eu fico no reagge, nesta tarde de noite chuvosa e triste,
Minha boca fechada, ainda nao disse uma palavra,
Minhas mãos batendo forte no computador, e,
Tudo o que eu mais quero é sair de casa para andar.
Para fumar, para relaxar.
Eu fico no reagge, e sentada na cama viajando sóbria,
No passado, e no futuro. Jamais o presente.
Porque o presente, a gente, só sente.
No futuro a gente sonha, e no passado
Lá, é onde ficam as sensações.
Então eu me entrego ao reagge, e fico na minha
De olhos meio fechados, e balançando de um lado para o outro,
Sem sequer, perceber.
Eu fico olhando para me armário,
Imaginando um campo aberto, um belo campo aberto.
Atibaia, bananal, cavalos, natureza, guarita. Tudo se junta,
E graças a deus vira um só. Um único e feliz futuro-passado
Que nao reflete no atual presente. Eu nao sinto, só desejo.
E agora eu sei o que, eu sei, com quem, eu sei como.
Então fico aqui no reagge, imaginando uma tarde naquele lugar,
Olhando o horizonte, o sol se pondo, e a natureza, ao meu redor,
Em minhas mãos, em meus olhos, em minha mente, e você.
Só você, ao meu lado, escutando um reagge, segurando minha mão
E a nossa frente, aquele futuro incansável, que seria nosso
Todas as tardes, as noites, e as manhas,
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